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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

ENJOOS DA GRAVIDEZ









Embora a sensaçao de enjôo possa surgir a qualquer momento do dia, o pior período para a gestante é o da manha. Ela já acorda enjoada, especialmente entre o segundo e o quarto mês. Subitamente, descobre sabores irresistíveis (frutas ácidas, por exemplo) e, da mesma forma, nao mais tolera pratos antes preferidos, o cheiro de frituras ou de café, a fragrância de perfumes e alimentos gordurosos.

Embora frente a essas situaçoes o mal-estar seja imediato, náuseas, vômitos e salivaçao excessiva sao sintomas observados em 50% das mulheres grávidas, especialmente no início da primeira gestaçao.

Na maioria dos casos, as náuseas e os vômitos (êmese gravídica) nao provocam falta de apetite. Ao contrário, o apetite e a sede aumentam (embora possa haver uma ligeira perda de peso causada pela eliminaçao de urina, que nessa época é mais intensa).
Normalmente esses enjôos da gravidez que muitas mulheres sentem, só as acompanham nos primeiros três ou quatro meses. Depois disso, a vida da gestante retoma um ritmo mais suave e ela pode preparar-se física e mentalmente para receber o filho que vai chegar.
Porém, uma minoria de gestantes pode apresentar um quadro de enjôo mais grave (hiperêmese gravídica).
Nesses casos, os vômitos sao constantes, impedindo o sono e comprometendo o apetite. O corpo fica, entao, sujeito a desidrataçao (percebida pelo aspecto ressecado da pele e das mucosas, pelos lábios rachados, língua áspera e olheira profunda) e o hálito se torna desagradável. Pode haver um aumento das pulsaçoes cardíacas e tendência a vertigens.
Se os sintomas forem muito acentuados, é fundamental que haja acompanhamento médico pois, embora a hiperêmese seja muito rara, quando ocorre pode exigir hospitalizaçao a fim de nao colocar em risco a vida da criança que está para nascer.

FISICO OU PSIQUICO

A gravidez é sempre uma fase delicada e muito importante na vida da mulher: durante esse período, ocorrem mudanças físicas e psíquicas capazes de alterar todo o comportamento dela.
Baseadas nesses fatos, várias teorias tentam explicar as causas do enjôo e dos vômitos da gestante:
Alguns afirmam que o sintoma é provocado pelas toxinas que invadem o organismo durante o processo de gestaçao; outros, atribuem a causa à acidez do estômago e ao deslocamento desse órgao (estômago, fígado e vesícula sao deslocados e pressionados pelo útero em crescimento). Ao mesmo tempo, a secreçao do suco gástrico diminui, provocando uma digestao mais lenta dos alimentos, o que facilitaria o vômito (essa alteraçao no aparelho digestivo explicaria também a prisao de ventre, comum nas gestantes).
A teoria mais debatida, porém, é a que busca explicar o fato através do fator psicológico: durante a gravidez, o organismo reagiria à presença do feto e esse distúrbio psíquico interferiria na digestao da gestante.
Essa "resposta digestiva" seria mais comum em mulheres que, antes da gravidez, já sofriam alteraçoes digestivas por causa de perturbaçoes emocionais.
O temor do parto, conflitos em família, dificuldades econômicas, a rejeiçao ao filho, etc. poderiam provocar tensao e ansiedade que seriam refletidas no aparelho digestivo. Portanto, o vômito significaria um sentimento de rejeiçao a uma situaçao que está perturbando a gestante.
Na maioria das pacientes, é difícil avaliar em que medida os fatores emocionais sao responsáveis pelas náuseas e vômitos (muitas mulheres têm esses sintomas muito antes de saberem que estao grávidas).

No entanto, é fato: se o enjôo é uma constante e persiste após o quarto mês de gestaçao, provocando alteraçoes digestivas que tendem a se agravar, nao importam os motivos. Quer por motivos orgânicos (infecçoes da vesícula, dos rins, etc.), quer por motivos emocionais (distúrbios nervosos), a consulta a um médico é fundamental, pois um exame mais minucioso é capaz de identificar o verdadeiro causador do sintoma. O tratamento, entao, nao será mais para abolir as manifestaçoes, mas para curar a doença.

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